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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Luz no fim do túnel?!

Para começar o post de hoje peço desculpas pela minha ausência todos estes dias, mas tem muitas coisas acontecendo e o tempo está realmente escasso nos meus dias... Passei por aqui hoje para divulgar uma excelente notícia: pesquisadores australianos descobriram que das 16 mil partículas contidas no glúten, apenas 3 são responsáveis pela intolerância. E com esse dado em mãos, o desenvolvimento de uma vacina está cada vez mais possível!
Tenho seguido com a dieta, porém meu humor não anda lá muito bom. Às vezes me sinto cansada por ter que pensar sobre a comida o tempo todo e recusar um quitute ou outro quando visito alguém é muito constragedor para mim e para quem me recebe.
Bom, com esta notícia ganhei forças para enfrentar mais um dia sem glúten!
Leia abaixo a matéria do Estadão na íntegra:



Pesquisadores identificam causa da intolerância ao glúten
22 de julho de 2010 0h 00

Reuters e Efe - O Estado de S.Paulo
WASHINGTON
Um estudo publicado ontem na revista Science Translation Medicine identificou a causa molecular da doença celíaca, problema digestivo que faz com que as pessoas se tornem intolerantes ao glúten, proteína encontrada em pães, massas, cereais, cerveja e vários outros alimentos. A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de formas mais precisas de diagnóstico, prevenção e tratamento da enfermidade.


Os pesquisadores australianos conseguiram identificar três fragmentos do glúten que aparentemente desencadeiam a reação imunológica nos portadores da doença. Ao todo, o glúten tem 16 mil componentes.

"Para nossa surpresa, a resposta é altamente focada em alguns poucos fragmentos particulares do glúten", afirmou o pesquisador que liderou o estudo, Robert Anderson, do Instituto de Pesquisa Médica Walter e Eliza Hall. "Ao diminuir a toxicidade de um alergênico a poucos componentes, pode-se fazer uma terapia mais precisa", disse.

Para chegar a tais conclusões, os cientistas fizeram um "perfil" das respostas imunes de 244 voluntários portadores da doença. Os voluntários tiveram de comer alimentos com glúten por três dias e depois passaram por exames de sangue, para se analisar a reação das células do sistema imune.

Com os resultados obtidos, Anderson e alguns colegas começaram a trabalhar em uma droga injetável com pequenas doses dos componentes que causam a alergia. A ideia é que a exposição do sistema imune a doses reduzidas, mas regulares, dos alérgenos pode fazer com que o organismo se acostume a eles.

Alcance. Segundo um estudo publicado no ano passado, cerca de 1% da população ocidental tem intolerância ao glúten, mas os números vêm aumentando. Apenas no Brasil, seriam quase 2 milhões de pessoas com a doença celíaca.

A prevalência, porém, é consideravelmente menor entre hispânicos, negros e asiáticos, com uma média de 1 portador da enfermidade a cada 236 pessoas.

No Brasil, as embalagens de alimentos precisam conter avisos sobre a presença de glúten. Em janeiro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça determinou que, além dos avisos, as embalagens têm de trazer informações sobre doença celíaca.

Para entender

1. O que é doença celíaca?
Intolerância permanente ao glúten, com causas hereditárias. Ao ingerir a substância, uma reação imunológica danifica os cílios intestinais - pequenas saliências do intestino que capturam vitaminas, minerais e outros nutrientes.
2. Quais são os sintomas?
Diarreia e vômitos persistentes geralmente aparecem entre 1 e 3 anos. Depois de um tempo, a incapacidade de absorver as quantidades adequadas de nutrientes pode causar deficiências de vitaminas que afetam o cérebro, o sistema nervoso, os ossos, o fígado e outros órgãos.
3.Como tratar?
Não ingerir o glúten, presente no trigo, na aveia, no centeio e no malte. O portador da doença pode substituir o trigo por outros tipos de farinha, como tapioca, fubá e de milho.


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http://migre.me/Z9z0

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